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August 23, 2019 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Avaliação de dois diferentes rBST na produção de leite e nos parâmetros reprodutivos de vaca de leite no Brasil. Henders...

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Avaliação de dois diferentes rBST na produção de leite e nos parâmetros reprodutivos de vaca de leite no Brasil. Henderson Ayres, Marcilio Nichi, Sandro Luis Viechnieski, Pietro Sampaio Baruselli, 2016.

Objetivo do Experimento Analisar a produção de leite durante uma lactação de 305 dias de vacas submetidas a aplicação de duas formulações de rBST.

Critério de Inclusão de animais Possuir pesagem de leite em todas os 16 ciclos de aplicação de rBST; Não perder 7 ou mais produções de leite durante o mesmo ciclo de aplicação.

1

Análise estatística

}

39,5

39.4 ± 0.08 Kg de Leite/vaca/dia

39,0

38,5

38,0

37,5

+ 1,7 kg

37.7 ± 0.08

37,0

36,5

Boostin®

Concorrente

P= 0,02 (diferença significativa)

Ao avaliar-se o aumento médio diário da produção de leite durante todos os ciclos de aplicação, no grupo do Boostin® houve um aumento da produção de leite de 1,7 kg de leite a mais do que o grupo concorrente. Em um total de 380,8 L a mais por vaca em todo o período.

2

Produção nos 16 ciclos Boostin®

Concorrente

45

Kg de Leite/vaca/dia

40

35

30

25

20

dias Boostin®

Concorrente

45

Dif Prod leite 35 30

Kg de Leite/vaca/dia

40

25 20

35

15 30

10 5

25

0 -5

20

dias

3

Dos 224 dias avaliados... 177 dias com maior produção do Lote Boostin® 46 dias com maior produção do Lote Concorrente 1 dia com mesma produção

Dos 224 dias avaliados... 73 dias com diferença estatística TODOS OS DIAS FORAM DO BOOSTIN®

4

Concorrente

Boostin® Linear (Boostin ) ®

Dif Prod leite

Linear (Concorrente)

45

35 30

Kg de Leite/vaca/dia

40

25 20

35

15 30

10 5

25

0 -5

20

dias

Ao realizar a curva média de produção de leite dos dois produtos, verifica-se que o Boostin® apresentou maior produção de leite em relação ao concorrente, tornando-se mais vantajoso.

5

Produção a mais por ciclo de aplicação

Produção diária de leite (kg)

43

Concorrente

Boostin®

42 41

+ 1,7 kg/dia + 23,8 kg

40 39 38 37

Dias após o tratamento em que os dois grupos apresentaram a mesma produção média

36 35 1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

Dias após aplicação (d)

Este gráfico representa a compilação dos 16 ciclos de aplicação, ou seja, é a curva padrão dos dois tratamentos

Diferença entre produção do D0 até o pico

41,8 41 40

5,6 L

Pico Boostin® - 4 dias

38,9 38 37

Pico Boostin®

3,1 L

Pico Concorrente

Pico Conc. - 7 dias

Produção diária de leite (kg)

43

36,2 35,8 35

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

Dias após aplicação (d)

Boostin® = sobe muito, por isso desce mais Concorrente = se NÃO SOBE, NÃO DESCE

6

12

13

14

Relatório Final do Experimento MSD Saúde Animal/StarMilk/UFPR Prof. Dr. Rodrigo de Almeida (DZ-UFPR) - Coordenador Méd. Vet. Sandro L. Viechnieski (StarMilk), Méd. Vet. Cristiane Azevedo (MSD Saúde Animal) - Colaboradores OBS: O resumo deste relatório foi apresentado pelos autores (R. Almeida & S.L. Viechnieski) no American Dairy Science Association & American Society of Animal Science Joint Annual Meeting em New Orleans, Louisiana, Estados Unidos, em julho de 2011, e publicado no J. Dairy Sci., v.94, E-Suppl.1, p.355.

Efeito da suplementação de duas formas comerciais de somatotropina bovina (rBST) na produção de leite de vacas de alta produção

Localização StarMilk – Fazenda Iguaçu Município de Céu Azul – PR



Datas Relevantes Blocagem dos animais – 20/08/2010 Medição da produção de leite para covariável – 18/08 à 24/08/2010 1ª Aplicação de rBST (início do experimento) – 26/08/2010 2ª Aplicação de rBST – 09/09/2010 3ª Aplicação de rBST– 23/09/2010 4ª Aplicação de rBST – 07/10/2010 Término do experimento – 21/10/2010

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Descrição do Experimento

A Fazenda Iguaçu contava no dia 20 de agosto com 518 vacas em lactação, produzindo em média 36,3 L/dia. As vacas em lactação são distribuídas em 7 lotes distintos, sendo que no presente experimento os animais dos lotes 4 e 5 foram usados como unidades experimentais. Após a avaliação dos dados de produção, 160 vacas foram blocadas aos pares em 2 lotes distintos, com base na produção média de leite em um período de 7 dias (de 18 à 24 de agosto). Também houve a preocupação de formar 2 grupos com médias similares de idade em meses, número de lactações, estádio de lactação (dias em leite) e proporção de vacas prenhas. Na tabela abaixo estão descritas as médias de cada lote de vacas, mensuradas na véspera do início do experimento, dia 25 de agosto de 2010: Variável

Lote Boostin®

Número de vacas

80

80

Idade (meses)

55,9±14,5

51,9±12,3

Número de Lactações

2,56±0,98

2,35±0,76

Dias em lactação

218±155

216±143

Produção de leite (kg/dia)

43,3±12,3

43,8±10,6

Peso Vivo (kg)

687±60

672±71

Escore Condição Corporal

2,80±0,19

3,00±0,24

% de vacas prenhas

28,75 (23/80)

27,50 (22/80)

Lote Concorrente

Durante o período experimental, estes dois lotes foram alojados, manejados, alimentados e ordenhados da mesma forma, mas com a diferença de um dos lotes ser suplementado com rBST na forma comercial de Boostin® e o outro lote com rBST concorrente, ambos num intervalo entre aplicações de 14 dias. A resposta em produção de leite aos tratamentos foi avaliada em 4 ciclos de aplicação de 14 dias, ou seja, 56 dias de período experimental. As vacas foram ordenhadas três vezes ao dia, sendo a primeira ordenha às 5:00h, a segunda às 12:45h e a terceira às 19:45h, com a utilização de ordenhadeira mecânica. Uma amostra de dieta total (TMR) de cada lote, recém-colocada no cocho, foi quase que semanalmente coletada, totalizando 12 amostras (2 amostras/semana x 6 semanas). Estas amostras foram congeladas e em conjunto enviadas e analisadas no 8

Laboratório de Nutrição Animal da UFPR, em Curitiba, Paraná. As amostras descongeladas foram pré-secas em estufa de ventilação forçada a 55oC por 72 horas e depois trituradas em moinho estacionário Wiley Miller, com peneira de malha de 1 mm, para posterior determinação dos teores de matéria seca a 100oC, proteína bruta, fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido, segundo metodologias da AOAC (1990) e Van Soest et al. (1991). Duas vezes ao longo do experimento (no início e ao término) amostras da silagem de milho e da silagem pré-secada de azevém foram coletadas. Estas amostras também foram enviadas e analisadas no Laboratório de Nutrição Animal da UFPR, em Curitiba-PR, segundo as mesmas metodologias citadas acima. Na véspera do início do experimento (25 de agosto) e no dia seguinte ao término do experimento (22 de outubro) o peso vivo de cada vaca foi estimado por mensuração do perímetro torácico. O escore de condição corporal foi avaliado em escala de 1 a 5 (magra a gorda) também pelo mesmo avaliador, segundo metodologia de Wildman et al. (1982). A composição do leite não foi objeto de análise neste ensaio experimental, mas as médias gerais de cada lote para teores de gordura, proteína, lactose, sólidos totais, contagem de células somáticas e nitrogênio ureico no leite, oriundas do controle leiteiro regular na Clínica do Leite (ESALQ, Piracicaba-SP), foram monitoradas nos dias 23 de agosto, 21 de setembro e 17 de outubro. Descrição e Análise das Dietas O rebanho leiteiro da Fazenda Iguaçu adota a prática de dieta única para todos os lotes de vacas em lactação há alguns anos e este manejo teve continuidade ao longo do experimento. A dieta foi fornecida na forma de TMR (dieta total misturada) em 5 tratos diários. Manejo de sobras continuou Ingredientes %MS a ser adotado na proprieSilagem de milho 36,22 dade, buscando-se um per- Silagem pré-secada de azevém 6,79 centual de sobras diário ao Milho moído 28,53 redor de 3% do ofertado. Farelo de soja 13,71 A dieta praticada para as vacas Caroço de algodão 6,79 Casca de soja 4,53 em lactação ao longo do períoUréia pecuária 0,53 do experimental teve a seguinMistura mineral-vitamínica 2,73 te composição: 9

Com as análises dos alimentos volumosos (silagem de milho e pré-secado de azevém), estimamos os seguintes níveis nutricionais usando o programa CPMDairy (versão 3.0.10): 53,7%MS, 1,64 Mcal/kg ELlac, 71,0%NDT, 17,0%PB, 5,10%PNDR, 33,3%FDN, 19,5%FDA, 19,0%FDNfe, 29,6%Amido, 4,2%EE, 0,64%Ca e 0,46%P. Segundo dados da própria Fazenda Iguaçu, na semana anterior ao início do experimento o consumo alimentar médio das vacas dos lotes experimentais estava em 26,53 kg MS/vaca/dia, o custo alimentar do kg de MS era de R$0,4175/kg, o custo alimentar diário foi estimado em R$11,09/vaca/dia, o custo alimentar por litro de leite produzido era de R$0,26/L e, finalmente, a renda sobre o custo alimentar (IOFC) foi estimada em R$23,51/ vaca/dia.

Análise Estatística

Antes de iniciar a análise estatística propriamente dita, a variável produção de leite diária foi testada para normalidade. Das 8.960 potenciais observações (160 vacas x 56 dias), somente 177 observações não tinham dados de produção (“missing values”), por conta do tratamento de mastite ou outras enfermidades ou ainda secagem no meio do experimento (uma única vaca do lote Boostin®). A média geral e seu respectivo desvio-padrão para as 8.783 observações restantes foi 38,08 ± 13,15 kg/dia. Embora o teste de Kolmogorov-Smirnov (para análises com mais de 2000 informações) tenha indicado uma pequena não-normalidade por conta de uma assimetria de -0,26 e curtose de -0,08, e os valores estatísticos de tendência central tenham sido um pouco discrepantes (média 38,08, mediana 39,30 e moda 43,00), assumiu-se normalidade dos dados por conta de que nenhum dos modelos lineares generalizados testados (procedimento GENMOD do SAS) descreveu melhor a distribuição dos dados observada. Os dados de produção de leite nos 7 dias anteriores ao início do experimento foram mensurados e incluídos no modelo como covariáveis. Todas as variáveis produtivas foram mensuradas diariamente do dia 1 ao dia 56 do período experimental e analisadas pelo procedimento MIXED do SAS, versão 9.0 (SAS Institute, 2002).

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Yijk = m + CV + Bi + Tj + Sk + TSjk + Eijk m = média geral CV = covariável (medições da produção de leite obtidas antes da aplicação dos tratamentos) Bi = efeito de bloco (i = 1 a 80) Tj = efeito de tratamento (j = Boostin®; Concorrente) Sk = efeito do tempo (k = 1 a 56 dias) TSjk = interação entre tratamento e tempo Eijk = erro residual O quadrado médio do efeito de vaca dentro de tratamento foi utilizado como medida de erro para testar o efeito de tratamento. Na tabela abaixo está descrito o teste de significância dos diversos efeitos incluídos no modelo:

Efeito

Valor F

P>F

Produção leite anterior (covariável)

20,31

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