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October 10, 2019 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Placenta prévia (PP);. Corresponde a um processo patológico em que a implantação da placenta, inteira ou parcialmente, o...

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ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal Parte 6

Profª. Lívia Bahia

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal Conduta nas queixas mais frequentes  As alterações fisiológicas da gravidez produzem manifestações sobre o organismo da mulher que muitas vezes são percebidas como “doenças”;  A maioria dos sintomas e sinais diminui e/ou desaparece com

orientações alimentares, posturais e, na maioria das vezes, sem o uso de medicações;

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal • Náuseas, vômitos e tonturas: o Explicar que esses são sintomas comuns no início da gestação; o Orientar a mulher para: alimentação fracionada (seis refeições leves ao dia), evitar frituras, gorduras e alimentos com cheiros fortes ou desagradáveis, evitar líquidos durante as refeições, dando preferência à ingestão nos intervalos; o Se vômitos frequentes – agendar consulta médica para avaliar a necessidade de usar medicamentos ou referir ao pré-natal de alto risco; o Nos casos em que estas medidas não forem efetivas, investigar hiperêmese;

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Pirose (azia):

o Orientar para alimentação fracionada, evitando frituras; o Evitar café, chá preto, mates, doces, alimentos gordurosos, picantes e irritantes da mucosa gástrica, álcool e fumo;  Sialorréia (salivação excessiva): o Sintoma comum no início da gestação;

o Orientar alimentação semelhante à indicada para náuseas e vômitos; o Tomar líquidos em abundância (especialmente em épocas de calor);

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Fraquezas e desmaios: o Orientar a gestante para que não faça mudanças bruscas de posição e evite a inatividade; o Indicar alimentação fracionada, evitando jejum prolongado e grandes intervalos entre as refeições; o Explicar à gestante que sentar com a cabeça abaixada ou deitar em decúbito lateral, respirando profunda e pausadamente, melhora a sensação de fraqueza e desmaio;

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Dor abdominal, cólicas, flatulência e obstipação intestinal:

o Certificar-se de que não sejam contrações uterinas; o Flatulências (gases) e/ou obstipação intestinal: orientar alimentação rica em fibras: consumo de frutas laxativas e com bagaço, verduras

de preferência cruas e cereais integrais; aumento da ingestão de água e evitar alimentos de alta fermentação; recomendar caminhadas, movimentação e regularização do hábito intestinal;solicitar exame

parasitológico de fezes, se necessário.

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Hemorróidas:

o Recomendar à gestante alimentação rica em fibras, a fim de evitar a obstipação intestinal; o Se necessário, prescrever supositórios de glicerina;

o Não usar papel higiênico colorido ou áspero (molhá-lo) e fazer higiene perianal com água e sabão neutro, após evacuação; o Fazer banhos de vapor ou compressas mornas;

o Agendar consulta médica, caso haja dor ou sangramento anal persistente.

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Corrimento vaginal: o A presença de fluxo vaginal pode estar relacionada a complicações como rotura prematura de membranas, parto prematuro ou endometrite pós-parto; o Diagnóstico clínico: - prurido vulvar e presença de conteúdo vaginal com placas esbranquiçadas e aderidas à parede vaginal – candidíase. Tratamento: antifúngico tópico por sete dias (derivados imidazólicos: miconazol, terconazol, clotrimazol). Não usar tratamento sistêmico;

- secreção vaginal abundante, cinza-esverdeada, com odor fétido – vaginose bacteriana e/ou tricomoníase. Tratamento: metronidazol tópico (uma aplicação vaginal por sete noites) ou sistêmico (metronidazol 250mg, VO, de 8/8 horas por sete dias ou secnidazol 2g, VO, em dose única) após o primeiro trimestre;

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Queixas urinárias: o O aumento da frequência de micções é comum no início e no fim da gestação (aumento do útero e compressão da bexiga); o Solicitar exame de urina tipo I e orientar de acordo com o resultado;

 Falta de ar e dificuldade para respirar: o Sintomas frequentes na gestação devido ao aumento do útero ou ansiedade da gestante; o Recomendar repouso em decúbito lateral esquerdo; o Ouvir a gestante e conversar sobre suas angústias, se for o caso; o Atentar para achados no exame cardiopulmonar; o Agendar a consulta médica, caso haja dúvida ou suspeita de problema clínico;

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Dor nas mamas: o Recomendar o uso constante de sutiã, com boa sustentação, após descartar qualquer alteração no exame das mamas; o Oportunizar o momento para orientar para o preparo das mamas para a amamentação;

 Dor lombar (dores nas costas): o Recomendar à gestante correção de postura ao sentar-se e ao andar; o Uso de sapatos com saltos baixos e confortáveis; o Aplicação de calor local; o Usar analgésico se não for contra-indicado, por tempo limitado;

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Cefaléia (dor de cabeça): o Afastar hipertensão arterial e pré-eclâmpsia se idade gestacional > 24 semanas; o Conversar com a gestante sobre suas tensões, conflitos e temores; o Prescrever analgésico por tempo limitado; o Referir à consulta médica, se persistir o sintoma;  Sangramento nas gengivas: o Recomendar o uso de escova de dente macia e orientar para a prática de massagem na gengiva; o Agendar atendimento odontológico, sempre que possível;

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Varizes: o Recomendar à gestante não permanecer muito tempo em pé ou sentada; o Repousar com as pernas elevadas várias vezes ao dia por 20 min;

o Não usar roupas muito justas;

 Câimbras: o Recomendar à gestante massagear o músculo contraído e dolorido e aplicar calor local; o Aumentar o consumo de alimentos ricos em potássio, cálcio e vitamina B1; o Evitar excesso de exercícios;

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Cloasma gravídico (manchas escuras no rosto): o Explicar que é comum na gravidez e que costuma diminuir ou desaparecer após o parto; o Recomendar a não exposição do rosto diretamente ao sol; o Recomendar o uso de filtro solar tópico;  Estrias: o

São resultado da distensão dos tecidos e que não existe método eficaz de prevenção;

o

Podem ser utilizadas massagens locais, com substâncias oleosas, na tentativa de preveni-las;

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal Intercorrências Clínicas mais frequentes

 Hiperêmese •

Caracteriza-se por vômitos contínuos e intensos que impedem a alimentação da gestante, ocasionando desde a desidratação e oligúria à perda de peso e transtornos metabólicos;



Prescrição de drogas antieméticas, além de hidratação;



Antieméticos orais: Metoclopramida - 10mg; Dimenidrato - 50 mg de 6/6h;



Antieméticos injetáveis: Metoclopramida - 10mg (1amp. = 10ml); Dimenidrato - 50 mg

(1amp. =1ml);

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Síndromes hemorrágicas •

As mais importantes situações hemorrágicas na gravidez são: o Primeira metade:  Abortamento; É a morte ou expulsão ovular ocorrida antes de 22 semanas ou quando o concepto pesa menos de 500g. O abortamento é dito precoce quando ocorre até a 13ª semana e tardio quando ocorre entre a 13ª e 22ª semanas;

 Descolamento cório-amniótico; Caracteriza-se por sangramento genital de pequena intensidade. É diagnosticado por exame ultra-sonográfico. A evolução em geral é boa, não representando quadro de risco materno e/ou ovular;

 Gravidez ectópica; Corresponde à nidação do ovo fora da cavidade uterina. A mulher, frequentemente apresenta perda sanguínea uterina e dores no baixo ventre;

 Mola hidatiforme;

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal o Segunda metade:

 Placenta prévia (PP);

Corresponde a um processo patológico em que a implantação da placenta, inteira ou parcialmente, ocorre no segmento inferior do útero. As mulheres multíparas e com antecedentes de cesáreas são consideradas de maior risco. O diagnóstico de certeza é dado pelo exame ultra-sonográfico;

 Descolamento prematuro da placenta (DPP);

É a separação abrupta da placenta antes do nascimento do feto. Ocorre em cerca de 0,5 a 1% de todas as gestações, sendo responsável por altos índices de mortalidade perinatal e materna. O diagnóstico é, preferencialmente, clínico: de dor abdominal súbita, com intensidade variável, perda sanguínea de cor vermelho-escura;Em alguns casos, o sangramento pode ser oculto. Ao exame obstétrico, o útero encontra-se hipertônico, doloroso, sensível às manobras palpatórias; os batimentos cardíacos fetais podem estar alterados ou ausentes;

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  ANEMIA •

Conceitua-se anemia na gravidez quando os valores de hemoglobina são iguais ou menores que 11,0g/dl;



A anemia ferropriva, evidenciada por alterações dos níveis de hemoglobina, deve

ser tratada. •

Prescrição: Sulfato ferroso em dose de tratamento de anemia ferropriva -120 a 240mg de ferro elementar/dia), 2 a 4 drágeas via oral/dia, uma hora antes das principais refeições. ( 1 cp = 200 mg = 40 mg de ferro elementar);



Repetir o exame em 60 dias. Se os níveis estiverem subindo, manter o tratamento até a hemoglobina atingir 11g/dl, quando deverá ser mantida a dose de suplementação (1 drágea ao dia), e repetir o exame em torno da 30ª semana;

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Hipovitaminose A •

Verifica-se a alta prevalência de hipovitaminose A, principalmente, na região Nordeste e em áreas específicas, como norte de Minas Gerais;



A vitamina A é nutriente que atua no sistema imunológico, auxiliando no combate às infecções, tais como diarréia e sarampo;



Auxilia também no crescimento e desenvolvimento, além de ser muito importante para o bom funcionamento da visão;



A falta de vitamina A pode resultar em cegueira;



Para combater esta carência nutricional, preconiza-se, em especial para estas regiões, a suplementação de megadose de vitamina A, ainda nas maternidades, para as mães, garantindo, assim, o aporte necessário dessa vitamina para a mãe e o recém-nascido por meio do leite materno.

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Hepatite b •

Os sintomas mais frequentes são: mal-estar, cefaléia, febre baixa, icterícia, anorexia, astenia, fadiga, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão por alguns alimentos;



A medida mais eficaz para prevenção dessa infecção é a vacinação;



Caso a gestante seja HBsAg positivo, ela deve ser encaminhada, após o parto, para avaliação em serviço de referência e, nas primeiras 12 horas de vida do recém nascido, deve-se administrar a imunoglobulina humana anti-hepatite B (HBIg) e a imunização ativa (vacina), com doses subsequentes com um e seis meses. É necessário que se confirme a imunidade pós-vacinal pela realização do anti-HBs, na criança, até um ano de idade;

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Toxoplasmose •

A infecção no primeiro trimestre é mais grave, acarretando desde abortamento espontâneo

até a Síndrome da Toxoplasmose Congênita, caracterizada por: alterações do SNC (microcefalia, calcificações cerebrais, retardo mental, espasticidade, convulsões, entre outras), alterações oculares (coriorretinite, microftalmia), alterações auditivas (surdez) e outras; •

Se a infecção ocorre no último trimestre:

recém nascido pode ser assintomático ou

apresentar ausência de ganho de peso, hepatite com icterícia, anemia, plaquetopenia, coriorretinite, miocardite ou pneumonia; •

Interpretação dos exames e conduta: anticorpos IgM positivos -> utilização imediata da espiramicina (1.500.000 UI), na dose de 1g de oito em oito horas, via oral;



Obs.: Quando disponível, realizar testes confirmatórios da infecção aguda (teste de avidez de IgG). Caso se confirme a infecção aguda (baixa avidez de IgG), a medicação deverá ser mantida até o parto. Se o teste demonstrar alta avidez de IgG, deve-se considerar como diagnóstico de infecção antiga, interromper o uso da espiramicina e continuar o seguimento pré-natal normal;

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal  Infecção do trato urinário (itu) •

Infecção comum em mulheres jovens e representa a complicação clínica mais frequente na gestação. Dois a 10% das gestantes apresentam bacteriúria assintomática, com 25 a 35% desenvolvendo pielonefrite aguda;



Modificações na gestação que favorecem a ITU: estase urinária pela redução do

peristaltismo ureteral, aumento da produção de urina, glicosúria e aminoacidúria favorecendo o crescimento bacteriano e infecções; •

A bacteriúria assintomática é a mais frequente, sendo que as infecções sintomáticas

poderão acometer o trato urinário inferior (cistites) ou ainda, o trato superior (pielonefrite).

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