Microcomputadores. Prof. Marcelo GonG. onçalves. Rubinstein

April 19, 2018 | Author: Rubens Alves Belo | Category: N/A
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Microcomputadores Prof. Marcelo Gonçalves Rubinstein Depto. de Eletrônica e Telecomunicações Faculdade de Engenharia Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Introdução  Aplicações de microcomputadores divididas em dois ramos a partir da década de 70  Computadores pessoais de uso geral  Ferramentas versáteis

 Microcontroladores dedicados  Programados uma única vez pelos fabricantes

 Computador digital  Combinação de dispositivos e circuitos digitais que podem realizar uma sequência programada de operações  Programa é a sequência de instruções

Analogia com a operação dos computadores (fonte: Tocci)

Organização Básica Cinco unidades essenciais (fonte: Tocci)

Organização Básica  Unidade Lógica e Aritmética  Onde são aritméticas

realizadas

as

operações

lógicas

e

 Unidade de Memória  Armazena grupos de dígitos binários (palavras) que podem representar instruções (programas) e dados

 Unidade de Entrada e Unidade de Saída  Realizam a comunicação como meio exterior através de dispositivos periféricos

 Unidade de Controle  “Cérebro” do computador; identifica a tarefa a ser executada e envia sinais às outras unidades

Estrutura Típica Elementos básicos de um microcomputador (fonte: Tocci)

Estrutura Típica Estrutura típica de um microcomputador (fonte: Tocci)

Processador    

Cérebro do computador Também conhecido como CPU Sua função é executar instruções Constituído de  Unidade de controle  Busca instruções na memória principal e determina o tipo de cada instrução

 Unidade lógica e aritmética  Realiza um conjunto de operações necessárias à execução de instruções

 Registradores  Memória pequena e de alta velocidade

Processador  Registrador é constituído de n flip-flops, cada flip-flop armazenando um bit  PC (Program Counter): aponta para a próxima instrução a ser buscada na memória para ser executada  IR (Instruction Register): armazena a instrução que está sendo executada  Outros de uso geral ou específico

Processador  Execução de instruções  Dividida em passos  Busca da próxima instrução na memória e armazenamento da instrução em IR  Atualização de PC  Determinação do tipo de instrução do IR  Caso necessário, busca dos dados que estão na memória e armazenamento dos mesmos em registradores  Execução da instrução  Caso necessário, armazenamento do resultado na memória

 Sequência conhecida decodificação-execução

como

ciclo

da

busca-

Processador  Execução de instruções  Unidade de controle “dispara” cada um dos passos  Registradores armazenam temporariamente dados e instruções  Unidade lógica e aritmética “trata” os dados e permite a atualização dos apontadores

Processador – exemplo mov A,B CPU 8080 simplificada (adaptado de Brafman) RE (16) B. End. Int (16)

PC (16)

DC (16)

R3 (16)

A (8)

B (8)

B. Dados Int (8)

RD (8)

IR (8)

VI (8)

UC

SP (16)

F (1)

T1 (8)

T2 (8)

ULA

RD/WR

M E M

Processador – busca na memória CPU 8080 simplificada (adaptado de Brafman) RE (16) B. End. Int (16)

PC (16)

DC (16)

R3 (16)

A (8)

B (8)

B. Dados Int (8)

RD (8)

IR (8)

VI (8)

UC

SP (16)

F (1)

T1 (8)

T2 (8)

ULA

RD/WR

M E M

Processador – busca na memória CPU 8080 simplificada (adaptado de Brafman) RE (16) B. End. Int (16)

PC (16)

DC (16)

R3 (16)

A (8)

B (8)

B. Dados Int (8)

RD (8)

IR (8)

VI (8)

UC

SP (16)

F (1)

T1 (8)

T2 (8)

ULA

RD/WR

M E M

Processador – busca na memória CPU 8080 simplificada (adaptado de Brafman) RE (16) B. End. Int (16)

PC (16)

DC (16)

R3 (16)

A (8)

B (8)

B. Dados Int (8)

RD (8)

IR (8)

VI (8)

UC

SP (16)

F (1)

T1 (8)

T2 (8)

ULA

RD/WR

M E M

Processador – busca na memória CPU 8080 simplificada (adaptado de Brafman) RE (16) B. End. Int (16)

PC (16)

DC (16)

R3 (16)

A (8)

B (8)

B. Dados Int (8)

RD (8)

IR (8)

VI (8)

UC

SP (16)

F (1)

T1 (8)

T2 (8)

ULA

RD/WR

M E M

Processador – busca na memória CPU 8080 simplificada (adaptado de Brafman) RE (16) B. End. Int (16)

PC (16)

DC (16)

R3 (16)

A (8)

B (8)

B. Dados Int (8)

RD (8)

IR (8)

VI (8)

UC

SP (16)

F (1)

T1 (8)

T2 (8)

ULA

RD/WR

M E M

Processador – determ. de instrução CPU 8080 simplificada (adaptado de Brafman) RE (16) B. End. Int (16)

PC (16)

DC (16)

R3 (16)

A (8)

B (8)

B. Dados Int (8)

RD (8)

IR (8)

VI (8)

UC

SP (16)

F (1)

T1 (8)

T2 (8)

ULA

RD/WR

M E M

Processador – execução da instrução CPU 8080 simplificada (adaptado de Brafman) RE (16) B. End. Int (16)

PC (16)

DC (16)

R3 (16)

A (8)

B (8)

B. Dados Int (8)

RD (8)

IR (8)

VI (8)

UC

SP (16)

F (1)

T1 (8)

T2 (8)

ULA

RD/WR

M E M

Memória  Onde os programas e os dados são armazenados  Sua unidade básica é o bit  É formada por um conjunto de células (ou posições)  O número de bits de uma célula é chamado palavra  Células referenciadas por um endereço

 Classificada em  Memória primária  Dispositivos semicondutores acessados diretamente pelo processador

 Memória secundária  Dispositivos de armazenamento magnético ou ótico

Memória Primária  Classificada  Quanto à função em  Memória de programas  Memória de dados

 Quanto à volatilidade  Permanente ou não-volátil: manutenção das informações independe de alimentação externa  Volátil Memória volátil + bateria = “memória permanente” Ex.: BIOS

Memória Primária  Classificada  Quanto ao tipo de acesso  Memória somente de leitura  ROM (Read Only Memory)  PROM (Programmable ROM): pode ser gravada uma única vez (“fusíveis”)  Memória quase sempre de leitura  EPROM (Erasable PROM): gravação feita pelo projetista (até ~ 100 vezes) e apagamento é por ultravioleta  EEPROM (Electrical EPROM): gravação pode ser feita umas 10.000 vezes e apagamento se dá por pulsos elétricos

Memória Primária  Classificada  Quanto ao tipo de acesso  Memória de leitura e escrita: imprecisamente chamada de RAM (Random Access Memory)  DRAM (Dynamic RAM): células são como capacitores que mantém a carga por alguns milissegundos (refresh)  SRAM (Static RAM): usam circuitos parecidos com FFs D e possuem uma capacidade de armazenamento menor que as RAMs dinâmicas  Flash: tipo de EEPROM mais rápida, na qual a gravação pode ser feita umas 10.000 vezes

Memória Primária Tipos de memória (fonte: Tanenbaum) @ 2000-2001 by Prentice-Hall, Inc.

Memória Primária  Tempo de acesso  Tempo entre o processador colocar o endereço e a resposta da memória no barramento de dados  DRAM: 60 a 70 ns  SRAM: 10 a 20 ns  Flash: 100 ns

Exemplo de ROM (fonte: Tocci)

Exemplo de ROM simples Conversor de código a diodo (adaptada de Brafman)

Entrada A1

A0

Vcc

Vcc

D0

D1

Saída D1

D0 0

0

0

1

0

0

1

1

0

A0

1

1

0

1

1

A1

2

1

1

0

0

3

PROM PROM (adaptada de Brafman) Vcc VGrav Vcc VGrav MUX

MUX

0

A0

1

A1

2

VGrav = 12,5 ou 21V VGrav > Vcc  IGrav > Icc Dx = 0 para queimar o fusível

3

Grav

Grav D0

D1

EPROM  Processo de programação geralmente é realizado por um circuito programador de EPROM  Em estado normal o transistor não conduz e a célula tem um nível lógico 1 Vcc

MOS

Adaptado de Brafman

 Apagamento com ultravioleta leva de 15 a 20 minutos

EPROM  Ex.: 2732     

4K x 8, 4 x 8 = 32 12 linhas de endereços 8 linhas de dados CE e OE/Vpp usados para escolha do modo Modos  Leitura/verificação, inibição da saída, standby (consumo de potência é reduzido) e programação

EEPROM  Apagamento e programação podem ser feitos no próprio circuito  Pode-se apagar e escrever bytes individuais (operação de escrita em um endereço dura geralmente 5 ms)  Ex.: 2864  8K x 8  CE e OE e WE usados para escolha do modo  Modos  Leitura, escrita e standby

 Toda escrita deve ser precedida de um apagamento

Flash  Possuem tempos curtos de apagamento e escrita  As mais novas usam um apagamento por setor (ex.: grupos de 512 bytes)  Tempo de escrita típico de 10µs por byte  Ex.: 28F256A  32K x 8  CE e OE e WE usados para escolha do modo  Modos  Leitura, escrita e standby

Exemplo de RAM (fonte: Tocci)

SRAM  Usadas para construir bancos de cache devido ao seu preço e velocidade  Ex.: 6264C (Async SRAM, CMOS)  8k x 8  WE, CS1, CS2 e OE usados para a escolha do modo  Modos  Leitura, escrita, desabilita saída e standby

Ciclo de leitura da SRAM

tACC = tempo de acesso tRC = tempo do ciclo de leitura tRC

Endereço

B. End

R/W CS Z Saída de dados para o barramento

tACC

Dados

Z

Ciclo de escrita da SRAM

tDS = tempo de setup tDH = tempo de hold tWC = tempo do ciclo de escrita

tWC

Endereço

B. End

R/W CS Z

Dados

Entrada de dados para o barramento tDS

tDH

DRAM  Dados nas células de memória devem ser continuamente acessados ou restaurados  Classificação  N x B, B = 1, 4 ou 8, onde N é o número de locais endereçáveis e B é o número de bits de cada local

 Linhas de endereços multiplexadas  Endereço de linha: bits mais significativos  Endereço de coluna: bits menos significativos  Sinais RAS e CAS informam à memória qual a parte do endereço está sendo enviada

DRAM Controlador de memória dinâmica

Controlador de memória dinâmica

RAS

 Relacionado à temporização, gera os sinais de controle para interfacear a memória com a CPU

CAS

 Está nos chipsets da placa mãe

A WE D Q

Memória dinâmica

RAS = Row Address Strobe CAS = Column Address Strobe

DRAM Memória dinâmica de 4Mbits (adaptada de Zelenovsky) RAS CAS WE

Controle da memória dinâmica

Circuito de precarga

Q

A0 – A10

2048 Decod. de linha

Matriz de células de memória

2048 Decod. de coluna

Buffer de dado

D

DRAM  Célula de memória: transistor + capacitor  Refresca todas as células de coluna para cada linha selecionada  Para uma memória de 4 Mbits, o ciclo completo (todas as linhas) é da ordem de 32 ms

 Podem existir  Arranjos retangulares: menos linhas que colunas, o que dá uma folga no refresco  Divisão em matrizes menores: ex.: 4 Mbits em 4 matrizes de 512 x 1024, nas quais para cada acesso seria buscado um bit de cada matriz

DRAM  Memórias antigas não havia alta impedância, logo usava-se um tristate na saída Q (a)  Nas memórias mais novas Q tem alta impedância (b)  Em outras memórias, D e Q estão em curto na própria memória (c)  Em geral nas memórias N x 4 e N x 8 por economia de pinos DQ D

Dj

Q (a)

D

Dj

Q (b)

D

Dj

Q (c)

Ciclo de leitura da DRAM  Capacitor perde um pouco de sua carga, logo o dado precisa ser reescrito. Essa operação chama-se precarga e é feita automaticamente  CAS habilita o buffer de saída tACC

tRecuperação

RAS CAS A

Linha

Coluna

R/W Z Q

Dado

Z

Ciclo de escrita (antecipada) da DRAM  WE antes do CAS  Descida do CAS transfere o dado para dentro da DRAM RAS CAS A

Linha

Coluna

WE Dado a ser escrito

D Z Q

Ciclo de escrita (atrasada) da DRAM  WE depois do CAS  Descida do WE transfere o dado para dentro da DRAM  Driver de saída acionado brevemente (CAS em nível baixo e WE em nível alto), não pode-se conectar D e Q RAS CAS A

Linha

Coluna

WE

D Q

Dado a ser escrito

Dado inválido

DRAM  Ciclo de refresh  Pode ocorrer em uma leitura, uma escrita ou em um refresh específico  Controlador quando acessa uma linha para executar um refresh deve obedecer as restrições de tempo da leitura e da escrita  Existem três tipos de refresh  RAS-only refresh  Hidden refresh  CAS before RAS

Ciclo de RAS-only da DRAM  Controlador usa RAS para enviar endereços à DRAM e deve lembrar-se de quais linhas foram acessadas  Buffer de saída nunca é habilitado

RAS CAS A

Linha

Linha

Ciclo de hidden refresh da DRAM  Após um ciclo normal de leitura é inserido um refresh  Usado em CPUs antigas por ser lento  Antes de terminar o ciclo de leitura, RAS e CAS estão em nível baixo. O controlador pulsa RAS, fazendo com que a memória gere internamente um endereço de linha  Consome mais energia pois o buffer de saída está ativo leitura

refresh

RAS CAS A

Linha

Coluna Z

Q

Linha

Dado

Z

Ciclo de CAS before RAS da DRAM  Um novo endereço é gerado internamente pela memória para refresh, cada vez que a linha RAS sobe e desce

RAS CAS

Expansão do tamanho da palavra (fonte: Tocci)

Expansão da capacidade (fonte: Tocci)

Bibliografia  A. S. Tanenbaum, “Organização Estruturada de Computadores”, 4ª edição, LTC Editora, 2001  D. A. Patterson e J. L. Hennessy, “Organização e Projeto de Computadores”, 2ª edição, LTC Editora, 2000  D. A. Patterson – Transparências do curso de Arquitetura e Engenharia de Computadores, 1997 (© UCB)  Tocci, R. J., Widmer, N. S., “Sistemas Digitais: Princípios e Aplicações”, 8ª edição, Pearson Education do Brasil, 2003  R. Zelenovsky e A. Mendonça, “PC: Um Guia Prático de Hardware e Interfaceamento”, 3ª edição, MZ Editora, 2002  Brafman – Transparências do curso de Organização de Computadores (UFRJ)

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