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June 28, 2019 | Author: Raul Prada Rocha | Category: N/A
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InfoReggae - Edição 61 IDHM – Estado e Município do Rio de Janeiro 5 de Dezembro de 2014

O Grupo AfroReggae é uma organização que luta pela transformação social e, através da cultura e da arte, desperta potencialidades artísticas que elevam a autoestima de jovens das camadas populares. Tem por missão promover a inclusão e a justiça social, utilizando a arte, a cultura afro-brasileira e a educação como ferramentas para a criação de pontes que unam as diferenças e sirvam como alicerces para a sustentabilidade e o exercício da cidadania.

Coordenador Geral Adjunto

O InfoReggae é uma publicação semanal e faz parte dos conteúdos desenvolvidos pela Editora AfroReggae.

Assistentes de Pesquisa

Coordenador Executivo José Júnior

Danilo Costa

Gerência de Informação e Monitoramento Thales Santos

Nataniel Souza Juliana Paula Mattos

Sede Rio de Janeiro Rua da Lapa, nº 180 – Centro Rio de Janeiro (RJ) +55 21 3095.7200 Representação São Paulo Rua João Brícola, nº 24 18º andar – Centro São Paulo (SP) +55 11 3249.1168 Contatos www.afroreggae.org facebook.com/afroreggaeoficial twitter.com/AfroReggae [email protected] É permitida a reprodução dos conteúdos desta publicação desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.

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Apresentação

A história do AfroReggae passa pelo Rio de Janeiro. Aqui temos nossa sede e aqui desenvolvemos nossos principais projetos e estratégias.

Sempre que são divulgados estudos nacionais, o InfoReggae busca fazer a leitura, interpretação e mediação dos dados nacionais, mas também organizar uma edição focada no estado do Rio de Janeiro.

Na edição anterior apresentamos o debate sobre o IDHM 2010 - Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios no Brasil a partir de relatório apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD.

Agora vamos falar do estado do Rio de Janeiro. A Região Metropolitana no Rio de Janeiro não está nem entre os 5 melhores resultados e nem entre os 5 piores, e esta será uma constante quando avaliarmos os dados de longevidade e educação. Apenas quando estudamos os dados de renda é que a Região Metropolitana do Rio aparece em quinto lugar.

O que ocorre com o estado do Rio de Janeiro que mostra-se com resultados tão medianos em seu Desenvolvimento Humano? Como a segunda economia do país e um estado com apenas 91 municípios não tem resultados sociais mais expressivos?

Esta edição vai apresentar dados, mas vai sobretudo, propor um debate fundamental para que o estado do Rio possa de fato ter uma Agenda Social que reverta esta tendência.

Muita coisa pode ser feita para que o estado do Rio garanta à sua população um desenvolvimento social e humano, cada dia mais comprometido com uma vida muito melhor para a população fluminense.

01

IDH do Estado e Município do Rio de Janeiro

Em 1990, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento criou o IDH Índice de Desenvolvimento Humano que resume, em um único indicador 3 das dimensões mais importantes do desenvolvimento humano: a oportunidade de ter uma vida longa e saudável, o acesso ao conhecimento e um padrão de vida digno. O diferencial do IDH é o fato de se considerar, além da renda, as condições de vida como saúde e educação. O Ipea, articulado com o PNUD Brasil e a Fundação João Pinheiro adaptaram a metodologia do IDH Global pra calcular o indicador de todos os municípios brasileiros, a partir dos três últimos Censo Demográficos realizados pelo IBGE: 1991, 2000 e 2010.

Gráfico 1: IDH Estado do Rio de Janeiro e Brasil Estado do Rio de Janeiro

Brasil 0,761

0,664

0,727

0,612

0,573 0,493

1991

2000

2010

Fonte: Atlas Brasil, 2014.

Desde 1991 o estado do Rio de Janeiro vem mantendo seu IDHM acima do Brasil, porém o país vem crescendo mais rapidamente do que o estado. Enquanto o Rio de Janeiro cresceu 0,188 pontos, o Brasil cresceu 0,234. Assim como no Brasil, a educação foi o índice que mais contribuiu para o avanço do IDHM no estado Fluminense, neste mesmo período. Neste indicador, o país teve um crescimento de 0,075 pontos percentuais acima que o Rio de Janeiro.

02

Gráfico 2: 10 Melhores IDHM do Estado do Rio de Janeiro 0,837

Volta Redonda

Resende

Maricá

0,764

0,761

0,753

0,753

Nilópolis

0,765

Mangaratiba

0,768

Iguaba Grande

0,771

Macaé

0,773

Rio das Ostras

Rio de Janeiro

Niteroi

0,799

Fonte: Atlas Brasil, 2014.

O estado do Rio de Janeiro está em sexto lugar no ranking do IDHM, segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil. O estado caiu três posições em relação a 2000, quando o seu índice era de 0,686. O município de Niterói se manteve na primeira colocação com o IDHM mais alto do estado. A região da Praia do Icaraí, também em Niterói, é o local onde se encontra o IDHM mais alto no estado. Além disso, Niterói ocupa a sétima posição entre todos os municípios brasileiros. No município do Rio de Janeiro, as regiões melhores colocadas no ranking são Praia do Flamengo, São Conrado, Jardim Botânico e Pasmado, todos com índice de 0,959.

Gráfico 4: 10 Melhores IDHM Longevidade do Estado do Rio de Janeiro

0,847

0,846

0,846

0,845

0,845

Mangaratiba

Rio de Janeiro

0,848

Angra dos Reis

Maricá

Rio das Ostras

Niterói

Teresópolis

0,85

Nova Friburgo

0,854

Petrópolis

0,854

Valença

0,855

Fonte: Atlas Brasil, 2014.

03

O estado do Rio de Janeiro tem 78 municípios com o índice do IDHM Longevidade classificado como muito alto, ou seja, acima de 0,800. Isso significa que a população Fluminense está vivendo mais. Porém, é importante destacar que a capital obteve a pior colocação, ou seja, os cariocas tem a menor expectativa de vida entre os moradores do estado do Rio de Janeiro. Os moradores de Teresópolis têm a maior expectativa de vida ao nascer, segundo o IDHM Longevidade. O município aumentou em 10 anos a média na idade em que as pessoas morre entre 1991 e 2010, ocupando assim o primeiro lugar no ranking. A mortalidade de crianças até um ano e até cinco anos de idade diminuiu mais que a metade no município. A taxa de mortalidade infantil (crianças de até um ano de idade), reduziu em mais de 50%, na capital fluminense. Em 1991 o Rio de Janeiro tinha uma taxa de 29,9, reduzindo para 14,2 em 2010. Já a esperança de vida ao nascer do município do Rio de Janeiro é de 75 anos.

Gráfico 6: 10 Melhores IDHM Renda do Estado do Rio de Janeiro 0,887

0,763

0,763

0,762

0,761

0,758

0,752

Petrópolis

Resende

Maricá

Nova Friburgo

Teresópolis

0,784

Rio das Ostras

Macaé

Rio de Janeiro

Niterói

0,792

Volta Redonda

0,84

Fonte: Atlas Brasil, 2014.

Em dez anos, Niterói conseguiu diminuir sua porcentagem de desempregados em 7,0%, ao passo que o município do Rio de Janeiro reduziu ainda mais, 7,25%, entre 2000 e 2010. O município de Niterói registrou renda per capita (R$2.000,00) mais alta que a capital fluminense (R$1.492,00). Em relação as famílias vivendo em situação de extrema pobreza, ou seja, com menos de 1 dólar/dia, 1,25% viviam nesta condição em 2010 no município do Rio de Janeiro. Em Niterói, 0,8% da população é considerada extremamente pobre.

04

Pirâmide Etária do estado do Rio de Janeiro. Fonte: PNUD Brasil 2014.

A taxa média anual de crescimento da população do Rio de Janeiro vem diminuindo nos últimos anos. Na década de 90, a população fluminense crescia em média 1,3% ao ano. Já nos anos 2000 essa taxa passou para 1,06%. Os moradores do Rio de Janeiro também estão envelhecendo mais, segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Entre 1991 e 2010, a taxa de envelhecimento entre os anos de 91 e 2000 aumentou 1,48%, o mesmo crescimento obtido entre os anos de 2000 e 2010.

Ação de emprego do Afroreggae oferecer vagas para a comundiade.

05

Gráfico 7: IDH Educação no Estado do Rio de Janeiro 1991

2000

2010

93,5 83,5

81,3 64,7 44,6

51,1

61,6

55,7

53,6 44,4

43,9

42,9

29,4

28,7 20,5

% de 18 anos ou mais com E. Fundamental Completo

% de 5 a 6 anos frequentando a escola

% de 11 a 13 anos % de 15 a 17 anos % de 18 a 20 anos frequentando os A. com E. Fundamental com E. Médio Finais do E. Completo Completo Fundamental

Fonte: Atlas Brasil, 2014. Embora o estado do Rio de Janeiro tenha conseguido aumentar o índice de educação em 0,283 pontos, desde 1991, o número de crianças e adolescentes que ainda não frequentam a escola é alarmante. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Somente no Município do Rio de Janeiro existem cerca de 24.417 crianças e adolescentes em idade escolar fora das salas de aula. É preocupante a situação dos adolescentes na faixa etária entre 11 e 13 anos, pois 16,5% desta população não frequentam a série indicada para sua idade. Entre os jovens com idade de 15 a 17 anos, que deveriam estar no Ensino Médio, aproximadamente a metade ainda não completou o Ensino Fundamental. A expectativa de anos de estudos de um cidadão do Rio de Janeiro teve um aumento de apenas 0,52 entre 1991 e 2010, enquanto no Brasil, neste mesmo período, o aumento foi 1,38.

06

Um Debate a Ser Feito

Os dados apresentados neste InfoReggae chama a atenção para a importância em se forcar nas estratégias educacionais, principalmente entre adultos e idosos com baixa escolaridade. A cidade do Rio de Janeiro apresenta um IDHM considerado alto pelo PNUD, entretanto é importante destacar que é possível e necessário melhorar. A desigualdade é um dos fatores a se destacar dentro da cidade. Ao mesmo tempo em que se tem bairros com condições de vida extremamente altas, comparadas aos melhores IDHs do país, cariocas ainda enfrentam dificuldades como o retorno às aulas, ou na busca de um emprego ou até mesmo no acompanhamento da gestação de uma nova vida. No estado, o município de maior IDHM é Niterói. Entretanto, apesar do destaque em indicadores como a renda e a longevidade da população, o município ainda precisa melhorar e muito a questão da educação. E este é um problema que persiste em muitos municípios brasileiros. Educação deve e precisa ser uma prioridade dos governos. É preciso garantir a universalização da educação. É preciso valorizar o aluno que completa todo o ciclo escolar. É preciso garantir retorno com o diploma. Não podemos admitir que 24.417 crianças e jovens em idade escolar não estejam matriculados. Essa responsabilidade é de todos. As políticas de educação precisam ser repensadas de forma a atrair o aluno para dentro da sala de aula e ao mesmo tempo, garantir que ele saia do sistema de ensino preparado para o mercado de trabalho e preparado para a convivência na sociedade. Isso é desenvolvimento humano. Não podmos seguir adiante com este modelo de ensino dissassociado da assistência social e da saúde. O aluno tem que ter seu ensino garantido não somente pela vaga na escola, mas pelo acompanhamento e garantia de que ele não abandone os estudos. Isso é papel de uma equipe multidisciplinar. O nosso trabalho dentro das oficinas do Afroreggae articula-se com as escolas, com os postos de saúde e com o Centro de Referência de Assistência Social e temos alcançado resultados importantes. Observamos que essa rede que construímos auxilia o nosso trabalho na transformação da vida das pessoas que encontramos.em nosso dia a dia.

07

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